E AGORA, JOSÉ?
Comprei hoje (10/10) um exemplar do jornal “Correio – o que a gente quer saber” e estava estampada uma única manchete de capa que simplesmente dizia: “E AGORA, JOSÉ?” Sei muito bem que a referência era ao José de lá. Agora acuado pelas pesadas acusações a ele atribuídas, dentre as quais a de ser o chefe do mensalão, o que lhe custou a condenação pelo Supremo Tribunal Federal. Mas esse mesmo José, quando investido de poder, enquanto chefe da Casa Civil e considerado o segundo homem na hierarquia da República, costumava acuar, humilhar, vilipendiar, ameaçar e desonrar as pessoas. E agora, José? O mundo dá tantas voltas, né José? Mas sabe que nisso tudo, me veio à lembrança o José de cá? Pois é. Hein, Zé! Prepotência, arrogância, petulância, humilhação aos próprios conterrâneos, etc. E agora, José? O povo sumiu. O povo que o senhor usou e abusou. Não foi José? O povo que o senhor achou que era propriedade sua e presa sua. Não foi J osé? E agora, José? O discurso sumiu. Restou o xingamento (o que, aliás, lhe é peculiar). Mas como o povo sumiu, quem iria ouvir. Não veio a utopia, José. E como viver sem utopia, José? Pois a utopia deu lugar à sua incoerência e ao seu ódio. Oh, José! O senhor abandonou a casa e quando veio com a chave na mão, cadê porta? E agora, José? Para onde José? Para Anguera? Não, para Anguera não, José. A sua forma e o seu estilo já estão obsoletos para o momento vivido por nossa cidade. No último dia sete, o povo deixou isso bem claro. O senhor assimilou, José? Você é duro, José! Mas, sinceramente, espero que da próxima vez o senhor pensar em Anguera, veja-a como uma cidade que mesmo pequena em tamanho, é constituída de pessoas de alma e corações grandes, inclusive as que lhe admiram, às quais o senhor tanto judiou, não foi José? José, José. A fila anda, José! Tentando parafrasear o poeta Drummond.
Pr. André Brito